A Polícia Federal deflagra desde as primeiras horas desta quinta-feira uma megaoperação para desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco.
Ao todo, 260 policiais federais de 10 estados da federação e 25 servidores da Controladoria-Geral da União participam da ação que teve como alvos o Palácio Campo das Princesas (sede do governo do estado), o prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, além de imóveis nos bairros da Torre, Graças e Beberibe - todos do Recife - e de Casa Caiada, em Olinda.
São 70 mandados judiciais nas mãos dos policiais federais em Pernambuco - sendo 15 de prisões temporárias, 19 de conduções coercitivas e 36 de busca e apreensão. Completa a operação um mandado de condução no estado do Pará. Até agora há confirmação de dois nomes envolvidos: O ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque e o empresário e advogado Ricardo Padilha, que foi levado à sede da PF ao lado da esposa. Ricardo foi foi preso anteriormente por suspeita de envolvimento em desvios de verbas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Não há a informação se os dois têm mandados de prisão temporária ou condução coercitiva. O comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Maranhão chegou à sede da Polícia Federal, mas não quis falar com a imprensa. Ele adiantou que falará sobre o caso posteriormente, em uma entrevista coletiva. Por volta das 9h20, outro detido chegou ao local, algemado e escondendo o rosto com um casaco.
Neste momento, viaturas caracterizadas e descaracterizadas não param de chegar à sede da PF, na Avenida Cais do Apolo, para onde estarão sendo encaminhados os presos (ou pessoas conduzidas coercitivamente) e o material apreendido. Um helicóptero da corporação também sobrevoa a área central do Recife.
A origem da operação
A operação Torrentes tem como base fortes indícios de superfaturamento em alguns contratos recentemente firmados pela Secretaria da Casa Militar com recursos públicos federais na “Operação Prontidão”, que tinha por objetivo a reestruturação dos municípios da mata sul pernambucana atingidos pelas chuvas torrenciais ocorridas em maio de 2017.
Os prejuízos aos cofres públicos ainda estão sendo contabilizados porque a Casa Militar à despeito de várias solicitações feitas pela Controladoria-Geral da União, não havia encaminhado os comprovantes de despesas que são essenciais para efetuar o respectivo levantamento.
DP / Bonito 360º
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