Fale mais.
Recentemente um leitor do blog me fez as seguintes perguntas: E a barreira da língua, como é que você conseguiu se comunicar na Europa? Você é fluente em inglês? Senti no tom das palavras desse leitor a angústia latente que tive eu mesmo, antes de embarcar naquela aventura de conhecer o velho mundo no ano passado.
Achei o tema interessante e acredito que posso ajudar muitos dos meus leitores respondendo a pergunta com um pequeno texto e, juntamente com ele, tive a ideia de entrevistar um velho amigo e professor de inglês que chegou há alguns meses dos Estados Unidos.
A resposta é não, não sou fluente em inglês, defeito esse que gostaria de sanar o mais breve possível.
Os países que visitei em sua maioria tinham língua de origem latina ou grega, assim consegui me comunicar com o velho “portunhol” ou um italiano bem abrasileirado, e o mais importante, as cidades que visitei eram cem por cento turísticas, assim todo mundo estava fazendo quase sempre a mesma coisa e conhecendo as mesmas atrações, E como todo viajante esperto, nós, eu e minha companheira de vida e viagens, “seguimos o fluxo”.
Colocamos dinheiro no bolso que serviu em muitos momentos como língua universal, além do que muitos serviços são oferecidos em máquinas automáticas, o que facilita a vida dos viajantes.
Antes da viagem fizemos um curso básico e relâmpago de inglês, o que serviu para conseguirmos uma alimentação razoável na França ou tentarmos resolver uma situação ou outra quando não conseguíamos entender a língua falada.
Dica do Blogueiro: faça um curso básico, intermediário ou avançado de inglês, mas faça alguma coisa. Essa dica pode até parecer que está a revés do texto, porém me explico dizendo que o inglês é realmente a língua universal e ainda vai ser por longos anos. Assim, meu querido leitor, não perca tempo, vá fazer um bom curso, porque se você souber se comunicar em inglês, não vai passar por grandes problemas nas suas viagens pelo mundo, porque em todos os lugares desse planeta esse idioma é falado e o legal para quem é fluente ou pelo menos entende bem é que na maioria dos hotéis, lojas, restaurantes e estabelecimentos em geral vai existir alguém que fale inglês para lhe atender. E digo mais, se até os camelôs de Veneza e de Barcelona falam inglês fluente, por que você não pode? Yes, you can!!!
Gostaria de apresentar a vocês, queridos leitores: o Professor Victor Hugo da Escola de Línguas Easy Way English for Communication que irá nós esclarecer algumas dúvidas sobre o inglês.
Entrevista
Marco Melo – Professor, como e por que surgiu em você a vontade de aprender a língua inglesa?
Victor Hugo – O que me trouxe esse interesse foi a música. Esse foi o ponto principal que me fez perceber a importância de se saber outra língua: o prazer de ouvir uma música e entender o que o cara estava dizendo, bem como saber cantar junto com a banda! O inglês veio pra mim de uma forma prazerosa, por diversão, e não por obrigação, que é como a maioria das pessoas veem o idioma.
Marco Melo – Professor, em quanto tempo uma pessoa comum consegue comunicar-se em inglês?
Victor Hugo – Depende muito do interesse, disponibilidade e facilidade que o aluno tenha. Cada caso é um caso. Porém, procuro mostrar ao aluno que quem faz a comunicação é ele, quem comanda a conversa é ele. E que desde a primeira aula ele já irá se comunicar na língua estudada. Dentro de um ano ele já tem condições de manter conversações usando o presente, o passado e o futuro. Isso com algumas restrições de vocabulário, de fluência, mas numa viagem, por exemplo, ele já se desenrolaria sem grandes problemas.
Marco Melo – Professor, existe alguma fórmula secreta para aprender ou tem que suar a camisa mesmo?
Victor Hugo – Não existem fórmulas secretas. Não acreditem em cursos que dizem que em 3 meses ou mesmo 6 meses você está fluente. Qualquer idioma precisa de convívio, e isso requer tempo. Se a pessoa não vê o inglês como uma coisa chata, sem necessidade e sem lógica (pensamentos comuns dos traumas de colégio) vai ser mais fácil. Uma das dicas que eu sempre dou é: divirta-se com a língua! Ouça músicas, assista filmes e seriados de TV, use a internet e o que você puder para ver o lado divertido e pratico do inglês.
Marco Melo – Existe algum método de ensino que o senhor não recomenda? E por falar nisso, o que seu método tem de diferente das outras escolas?
Victor Hugo – Não gosto e nem recomendo cursos de inglês instrumental (aqueles que estudam somente termos técnicos de uma determinada área profissional) quando você não fala o idioma. Isso eu de fato reprovo e jamais usaria nas minhas aulas. O inglês instrumental é muito difundido hoje em dia na promessa de que você vai se dar bem numa prova de mestrado ou algum congresso. Mas de fato o inglês instrumental só funciona quando você já se comunica, já conhece a língua. Já tive casos onde o aluno veio se matricular e alegava não querer entrar no nível iniciante por já ter 2 anos de inglês instrumental. Ao assistir as aulas de um nível mais a frente, ele percebeu que não conseguia se comunicar, pois só conhecia a linguagem técnica! Ou seja: ele mesmo decidiu começar do zero e viu que o inglês instrumental não tinha trazido os resultados que ele esperava. Esse tipo de curso de fato só funciona quando já se tem uma base prévia. A diferença da EASY WAY é exatamente essa: inglês pra comunicação! Depois de saber se comunicar, você pode partir para diferentes interesses e áreas.
Marco Melo – Porque você recomenda que nossos leitores viajantes aprendam Inglês?
Victor Hugo – pelo fato do Brasil ser um pais muito grande e de uma só língua, perdemos a noção do quão importante é você falar outros idiomas. Quando você viaja percebe que o mundo lá fora é diferente dessa nossa realidade. Lembro a todos que 83% dos falantes da língua portuguesa estão no Brasil! Ou seja, saiu daqui, não tem como se comunicar. Essa ideia de achar que fala espanhol porque se parece com português é uma grande roubada. O inglês faz o papel da língua universal, que irá fazer você entender e ser entendido onde quer que você esteja.
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