quinta-feira, 24 de abril de 2014

No Pernambucano 100, o Sport campeão pela 40ª vez

Durval comemora seu gol. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Em sua edição de número 100, o Campeonato Pernambucano premiou seu maior vencedor. Com uma nova vitória sobre o Náutico, desta vez por 1×0 na Arena Pernambuco, o Sport conquistou a competição pela 40ª vez em sua história. O capitão Durval, ainda ainda não marcara um gol sequer desde que retornou à Ilha, foi o autor do gol que ratificou o título. E justamente em cima de sua maior vítima.
Antes do jogo começar o técnico Lisca avisou que o Náutico não seria um time desesperado mas iria adiantar um pouco sua marcação. Dito e feito. Sem querer correr mais que a bola, os jogadores alvirrubros começavam a pressão um pouco além da linha central de campo e, principalmente com os laterais adiantados para conter as descidas de Patric e Renê.
O Sport, que veio sem Felipe Azevedo, mas com Ananias. Segundo o treinador Eduardo Baptista, o baixinho tem mais posse de bola que Felipe Azevedo e seria essa a característica que ele queria mais forte na equipe. Mas, ao contrário de seu colega de profissão, o que ele preconizou não aconteceu nos primeiros minutos. A posse de bola que faltou sobrou em faltas. Antes dos 20 minutos, o time visitante já cometera uma dezena delas. E bem distribuídas. Apenas Durval e Aílton não cometeram infrações nesse intervalo de tempo.
Apesar do domínio territorial, o Náutico não conseguia verticalizar o jogo. Tocava bem a bola até a intermediária, mas faltava acertar o passe final. Zé Mário chegava. Marinho se movimentava tanto pelo lado esquerdo quanto direito, mas Marcelinho, o centroavante, não recebia uma bola redonda. Quando finalmente conseguiu articular uma jogada mais rápida, o Sport levou perigo. Aos 21 ele recebeu de Renê e chutou forte. Alessandro, mesmo bem colocado, deu rebote. Neto Baiano acompanhava e tentou empurrar com o peito, mas foi fraco e dessa vez o goleiro timbu segurou.
Durval ergue mais uma taça. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

O dono da Arena deu o troco com juros aos 29. Jackson, passou por Durval e entrou livre na área. Mas cometeu o pecado de fechar os olhos e soltar uma bomba. Não viu que Magrão se atirava para o lado oposto. A bomba explodiu no travessão e foi embora. O timbu ficou mais tempo no campo ofensivo mas sem concluir com a qualidade necessária. Zé Mário tentava de longa distância e as enfiadas pelo meio não encontravam o alvo correto. Por sua vez, o leão quando retomava a bola não conseguia acertar o passe para sequer iniciar os contra-ataques, principalmente quando elas chegavam aos pés de Patric e Aílton.
Mesmo com bom volume de jogo, o Náutico voltou para o segundo tempo com mais um armador. Marcos Vinícius entrou na vaga de Elicarlos. O jogo só não foi um clone do início da primeira etapa porque o Sport foi menos passivo. O time rubro-negro marcou mais perto, procurando antecipar os movimentos do adversário. A partida ficou menos feia, pois a bola correu mais. Mas a mudança do Náutico também contribuiu, pois com Marcos Vinícius o timbu usou menos os lados do campo.
Com apenas dez minutos, Eduardo Baptista acionou Rithely e Danilo nos lugares de Ewerton Páscoa e Wendel. O Sport ganhou em jogadas pelo lado esquerdo, mas preferiu os chutes de longa distância às tabelas entre o lateral dublê de atacante e Renê. Essa pressa em finalizar dos leoninos terminou ajudando o adversário. O Náutico conseguia manter o jogo mais tempo no campo defensivo do Sport mas ainda sem conseguir finalizar de maneira mais contundente.
eduardo_gol
Isso só veio acontecer aos 22 minutos. Zé Mário foi lançado dentro da área e ainda teve tempo de dominar. Magrão saiu do gol e defendeu com o pé. A bola ainda insistiu em ficar na área rubro-negra mas sem que ninguém chutasse. No bate-rebate, sobrou novamente para Magrão, desta vez com bem menos dificuldade.
E quando o Náutico já mostrava a mesma superioridade do primeiro tempo veio golpe fatal. E logo em dose dupla. Aos 32 minutos, Ananias puxou o contra-ataque e foi derrubado por Leonardo Luís. Como ele recebera amarelo logo no começo do jogo foi expulso. Na cobrança da falta, Aílton mandou para a área e Durval, com um toque quase imperceptível de cabeça, desviou de Alessandro para fazer 1×0.
Dois golpes duros que acabariam com o ânimo de qualquer time. Menos do Náutico. Bravamente o timbu foi para cima. O Sport só esperava o contra-ataque e parecia que assim levaria o jogo em banho-maria até o fim. Mas essa folga durou apenas três minutos. Renê fez falta dura em Jackson e também tinha amarelo. Foi advertido novamente, mas com a cor vermelha.
Mesmo assim, o técnico rubro-negro tirou um meia, Aílton, para acionar um atacante, Felipe Azevedo. Com mais espaço em campo, a mudança de Baptista deu certo. Felipe Azevedo valorizou a posse de bola o mais longe possível do campo do Náutico, que não teve mais força de marcar, fazer a transição ofensiva e ainda concluir com qualidade.
NE10

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